Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) – Entendendo os Critérios, Sintomas e Tratamentos
- Clínica PsicoVivendo
- 17 de fev.
- 3 min de leitura
Por Clínica Psicovivendo

O que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição de saúde mental reconhecida pelo DSM-5-TR (Código F32.81), caracterizada por sintomas emocionais e físicos graves que surgem na semana anterior à menstruação e melhoram após seu início. Diferente da Tensão Pré-Menstrual (TPM), o TDPM afeta profundamente a qualidade de vida, exigindo intervenção profissional.
Critérios Diagnósticos do DSM-5-TR para TDPM
Para o diagnóstico, é necessário preencher critérios rigorosos, validados por avaliação clínica e acompanhamento prospectivo:
Critério A:
Sintomas ocorrem na última semana antes da menstruação, aliviam nos primeiros dias do ciclo e são mínimos na semana pós-menstrual.
Devem estar presentes na maioria dos ciclos no último ano.
Critério B (Pelo menos 1 sintoma):
Labilidade afetiva: Mudanças bruscas de humor (ex.: chorar sem motivo aparente).
Irritabilidade ou raiva intensa: Brigas frequentes com familiares ou colegas.
Humor deprimido: Sentimentos de inutilidade ou pensamentos como "nada vai dar certo".
Ansiedade acentuada: Sensação constante de nervosismo ou medo.
Critério C (Sintomas adicionais para totalizar 5):
Perda de interesse: Evitar hobbies ou encontros sociais.
Dificuldade de concentração: Erros no trabalho ou esquecimentos.
Fadiga extrema: Cansaço mesmo após dormir bem.
Alterações no apetite: Compulsão por doces ou salgados.
Distúrbios do sono: Dormir 12h seguidas ou insônia.
Sensação de descontrole: "Não consigo lidar com minha rotina".
Sintomas físicos: Inchaço, dores musculares ou sensibilidade mamária.
Critérios D a G:
Impacto significativo: Prejuízos no trabalho, estudos ou relacionamentos.
Não é exacerbado por outros transtornos: Ex.: depressão maior (embora possa coexistir).
Confirmação prospectiva: Registro diário dos sintomas por 2 ciclos menstruais.
Exclusão de causas externas: Não é efeito de drogas ou doenças como hipotireoidismo.
Exemplos Práticos do TDPM
Caso 1: Maria, 28 anos, tem crises de choro e evita reuniões sociais uma semana antes da menstruação. Seu rendimento no trabalho cai, e ela se sente "inútil".
Caso 2: Ana, 35 anos, discute constantemente com o parceiro nesse período e relata cansaço extremo, mesmo dormindo 10h por noite.
Evidências Científicas
Neurobiologia: Estudos mostram que mulheres com TDPM têm alterações na resposta à serotonina, justificando o uso de SSRIs (ISRS) como tratamento.
Genética: Pesquisas indicam que 30-40% dos casos têm componente hereditário (Fonte: Journal of Women’s Health).
Diagnóstico Confiável: A necessidade de registro diário por 2 ciclos (Critério F) reduz falsos diagnósticos, conforme meta-análises publicadas no Archives of Gynecology and Obstetrics.
Tratamentos Validados
Medicamentos:
SSRIs (ex.: fluoxetina): Eficácia de 60-70% na redução de sintomas (estudo da Harvard Medical School).
Anticoncepcionais hormonais: Alguns reduzem oscilações hormonais.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Auxilia no gerenciamento da irritabilidade e ansiedade.
Mudanças no estilo de vida: Exercícios físicos e dieta rica em cálcio (estudos mostram redução de 50% nos sintomas).
Por Que Buscar Ajuda na Psicovivendo?
Na Psicovivendo, combinamos avaliação clínica rigorosa (incluindo diários sintomáticos) com abordagens personalizadas. Entendemos que o TDPM não é "frescura" – é uma condição real que merece atenção especializada.
Conclusão
O TDPM é um transtorno incapacitante, mas tratável. Se você se identifica com os critérios acima, não hesite em nos procurar. Na Psicovivendo, estamos aqui para ajudar você a recuperar o controle da sua vida.
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Este conteúdo foi baseado no DSM-5-TR e em evidências científicas atualizadas. Consulte sempre um profissional de saúde.
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