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Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) – Entendendo os Critérios, Sintomas e Tratamentos

Por Clínica Psicovivendo


O que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição de saúde mental reconhecida pelo DSM-5-TR (Código F32.81), caracterizada por sintomas emocionais e físicos graves que surgem na semana anterior à menstruação e melhoram após seu início. Diferente da Tensão Pré-Menstrual (TPM), o TDPM afeta profundamente a qualidade de vida, exigindo intervenção profissional.


Critérios Diagnósticos do DSM-5-TR para TDPM

Para o diagnóstico, é necessário preencher critérios rigorosos, validados por avaliação clínica e acompanhamento prospectivo:


Critério A:

  • Sintomas ocorrem na última semana antes da menstruação, aliviam nos primeiros dias do ciclo e são mínimos na semana pós-menstrual.

  • Devem estar presentes na maioria dos ciclos no último ano.


Critério B (Pelo menos 1 sintoma):

  1. Labilidade afetiva: Mudanças bruscas de humor (ex.: chorar sem motivo aparente).

  2. Irritabilidade ou raiva intensa: Brigas frequentes com familiares ou colegas.

  3. Humor deprimido: Sentimentos de inutilidade ou pensamentos como "nada vai dar certo".

  4. Ansiedade acentuada: Sensação constante de nervosismo ou medo.


Critério C (Sintomas adicionais para totalizar 5):

  1. Perda de interesse: Evitar hobbies ou encontros sociais.

  2. Dificuldade de concentração: Erros no trabalho ou esquecimentos.

  3. Fadiga extrema: Cansaço mesmo após dormir bem.

  4. Alterações no apetite: Compulsão por doces ou salgados.

  5. Distúrbios do sono: Dormir 12h seguidas ou insônia.

  6. Sensação de descontrole: "Não consigo lidar com minha rotina".

  7. Sintomas físicos: Inchaço, dores musculares ou sensibilidade mamária.


Critérios D a G:

  • Impacto significativo: Prejuízos no trabalho, estudos ou relacionamentos.

  • Não é exacerbado por outros transtornos: Ex.: depressão maior (embora possa coexistir).

  • Confirmação prospectiva: Registro diário dos sintomas por 2 ciclos menstruais.

  • Exclusão de causas externas: Não é efeito de drogas ou doenças como hipotireoidismo.


Exemplos Práticos do TDPM

  • Caso 1: Maria, 28 anos, tem crises de choro e evita reuniões sociais uma semana antes da menstruação. Seu rendimento no trabalho cai, e ela se sente "inútil".

  • Caso 2: Ana, 35 anos, discute constantemente com o parceiro nesse período e relata cansaço extremo, mesmo dormindo 10h por noite.


Evidências Científicas

  1. Neurobiologia: Estudos mostram que mulheres com TDPM têm alterações na resposta à serotonina, justificando o uso de SSRIs (ISRS) como tratamento.

  2. Genética: Pesquisas indicam que 30-40% dos casos têm componente hereditário (Fonte: Journal of Women’s Health).

  3. Diagnóstico Confiável: A necessidade de registro diário por 2 ciclos (Critério F) reduz falsos diagnósticos, conforme meta-análises publicadas no Archives of Gynecology and Obstetrics.


Tratamentos Validados

  • Medicamentos:

    • SSRIs (ex.: fluoxetina): Eficácia de 60-70% na redução de sintomas (estudo da Harvard Medical School).

    • Anticoncepcionais hormonais: Alguns reduzem oscilações hormonais.

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Auxilia no gerenciamento da irritabilidade e ansiedade.

  • Mudanças no estilo de vida: Exercícios físicos e dieta rica em cálcio (estudos mostram redução de 50% nos sintomas).


Por Que Buscar Ajuda na Psicovivendo?

Na Psicovivendo, combinamos avaliação clínica rigorosa (incluindo diários sintomáticos) com abordagens personalizadas. Entendemos que o TDPM não é "frescura" – é uma condição real que merece atenção especializada.


Conclusão

O TDPM é um transtorno incapacitante, mas tratável. Se você se identifica com os critérios acima, não hesite em nos procurar. Na Psicovivendo, estamos aqui para ajudar você a recuperar o controle da sua vida.


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Este conteúdo foi baseado no DSM-5-TR e em evidências científicas atualizadas. Consulte sempre um profissional de saúde.

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