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Quiet Quitting: Uma Revolução Silenciosa na Saúde Mental ou um Sinal de Alerta?

Atualizado: 11 de fev.


Nos últimos meses, o termo "quiet quitting" viralizou nas redes sociais, gerando debates acalorados entre profissionais, empregadores e especialistas em saúde mental. Traduzido literalmente como "demissão silenciosa", o conceito não se refere a deixar um emprego, mas sim a estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional, recusando-se a assumir responsabilidades extras não remuneradas ou a trabalhar além do horário contratado. Para a clínica Psicovivendo, entender esse fenômeno é crucial, pois ele reflete diretamente nas questões de esgotamento mental, ansiedade e autoestima que atendemos diariamente.


Neste blog, exploraremos:
  • O que é quiet quitting e por que ele se tornou viral?

  • Como ele se relaciona com a saúde mental no pós-pandemia?

  • Quando é uma estratégia saudável e quando pode esconder problemas mais profundos?

  • Dicas práticas para equilibrar produtividade e bem-estar.


1. O Que é Quiet Quitting? Definindo o Fenômeno

O quiet quitting ganhou destaque em 2022 após um vídeo no TikTok atingir milhões de visualizações. A ideia central é: "fazer apenas o que seu contrato exige, sem exceder expectativas". Isso inclui:


  • Não responder e-mails fora do horário de trabalho.

  • Recusar projetos extras não remunerados.

  • Priorizar a saúde mental em detrimento de promoções.


Por que isso é revolucionário? Por décadas, a cultura do hustle (trabalho incessante) foi glorificada. Agora, uma geração sobrecarregada por crises globais, inflação e burnout está questionando: "Valorizo meu emprego mais do que minha vida?"


2. Saúde Mental no Pós-Pandemia: O Cenário que Alimentou o Quiet Quitting

A pandemia acelerou uma mudança profunda na relação com o trabalho. Segundo a OMS, os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% no primeiro ano de COVID-19, com o trabalho remoto borrando os limites entre casa e escritório.

Dados Relevantes (Brasil):


  • 72% dos brasileiros relatam estresse relacionado ao trabalho (ISMA-BR, 2023).

  • 30% dos millennials e Gen Z já praticam quiet quitting como forma de autopreservação (FGV).


Dra. Andreia Silva , médica especialista em psiquiatra da Psicovivendo, comenta: "Muitos pacientes chegam à clínica com crises de pânico ligadas à pressão por produtividade. O quiet quitting surge como uma tentativa de resgatar o controle sobre suas vidas, mas é preciso diferenciar entre estabelecer limites e desengajamento emocional."


3. Quiet Quitting: Autocuidado ou Desistência?


Quando é Saudável:

  • Funciona como mecanismo de proteção contra burnout.

  • Ajuda a priorizar atividades restauradoras (ex: hobbies, tempo com família).

  • Promove uma reflexão sobre valores pessoais vs. expectativas corporativas.


Quando é um Sinal de Alerta:

  • Se motivado por sentimentos de impotência ou frustração crônica.

  • Se acompanhado de sintomas como insônia, irritabilidade ou apatia.

  • Se houver isolamento social ou perda de propósito.


4. Como Equilibrar Produtividade e Bem-Estar: 5 Dicas da Psicovivendo

  1. Comunique Seus Limites Claramente: Use frases como "Meu horário termina às 18h; podemos discutir isso amanhã?".

  2. Pratique o Time Blocking: Reserve blocos de tempo para trabalho, exercícios e lazer.

  3. Reavalie Suas Metas: Pergunte-se: "Isso me traz realização ou apenas estresse?".

  4. Busque Apoio Profissional: Terapia pode ajudar a identificar padrões de autossabotagem ou medo de fracasso.

  5. Promova uma Cultura de Saúde Mental no Trabalho: Compartilhe recursos como palestras sobre burnout ou programas de mindfulness.


5. Quando Procurar Ajuda? Sinais de que o Quiet Quitting Pode Esconder Algo Mais

  • Sintomas Físicos: Dores de cabeça frequentes, fadiga extrema.

  • Emocionais: Sentimento de vazio, perda de interesse em atividades antes prazerosas.

  • Comportamentais: Isolamento, procrastinação excessiva.


Na Psicovivendo, oferecemos terapia cognitivo-comportamental (TCC) e grupos de apoio para ajudar a reconstruir uma relação saudável com o trabalho.


FAQ: Perguntas Frequentes Sobre Quiet Quitting

1. Quiet quitting é preguiça? Não! É sobre trabalhar com propósito, não sobre evitar responsabilidades.

2. Como falar com meu chefe sem parecer desleal? Use a abordagem win-win: "Para manter minha produtividade, preciso focar nas minhas tarefas principais. Podemos revisar minhas prioridades?"

3. Quiet quitting pode prejudicar minha carreira? Depende do contexto. Equilíbrio é chave: estabelecer limites não significa baixo desempenho.


Conclusão: O Futuro do Trabalho e a Saúde Mental

O quiet quitting não é uma moda passageira, mas um sintoma de uma sociedade que precisa repensar o valor do descanso e da saúde emocional. Na Psicovivendo, acreditamos que cuidar da mente é tão vital quanto cuidar do corpo. Se você se identifica com esse movimento, mas sente que a ansiedade ou o desânimo persistem, agende uma consulta. Juntos, podemos encontrar um caminho que una produtividade e paz interior.

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