Quiet Quitting: Uma Revolução Silenciosa na Saúde Mental ou um Sinal de Alerta?
- Clínica PsicoVivendo
- 5 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de fev.

Nos últimos meses, o termo "quiet quitting" viralizou nas redes sociais, gerando debates acalorados entre profissionais, empregadores e especialistas em saúde mental. Traduzido literalmente como "demissão silenciosa", o conceito não se refere a deixar um emprego, mas sim a estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional, recusando-se a assumir responsabilidades extras não remuneradas ou a trabalhar além do horário contratado. Para a clínica Psicovivendo, entender esse fenômeno é crucial, pois ele reflete diretamente nas questões de esgotamento mental, ansiedade e autoestima que atendemos diariamente.
Neste blog, exploraremos:
O que é quiet quitting e por que ele se tornou viral?
Como ele se relaciona com a saúde mental no pós-pandemia?
Quando é uma estratégia saudável e quando pode esconder problemas mais profundos?
Dicas práticas para equilibrar produtividade e bem-estar.
1. O Que é Quiet Quitting? Definindo o Fenômeno
O quiet quitting ganhou destaque em 2022 após um vídeo no TikTok atingir milhões de visualizações. A ideia central é: "fazer apenas o que seu contrato exige, sem exceder expectativas". Isso inclui:
Não responder e-mails fora do horário de trabalho.
Recusar projetos extras não remunerados.
Priorizar a saúde mental em detrimento de promoções.
Por que isso é revolucionário? Por décadas, a cultura do hustle (trabalho incessante) foi glorificada. Agora, uma geração sobrecarregada por crises globais, inflação e burnout está questionando: "Valorizo meu emprego mais do que minha vida?"
2. Saúde Mental no Pós-Pandemia: O Cenário que Alimentou o Quiet Quitting
A pandemia acelerou uma mudança profunda na relação com o trabalho. Segundo a OMS, os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% no primeiro ano de COVID-19, com o trabalho remoto borrando os limites entre casa e escritório.
Dados Relevantes (Brasil):
72% dos brasileiros relatam estresse relacionado ao trabalho (ISMA-BR, 2023).
30% dos millennials e Gen Z já praticam quiet quitting como forma de autopreservação (FGV).
Dra. Andreia Silva , médica especialista em psiquiatra da Psicovivendo, comenta: "Muitos pacientes chegam à clínica com crises de pânico ligadas à pressão por produtividade. O quiet quitting surge como uma tentativa de resgatar o controle sobre suas vidas, mas é preciso diferenciar entre estabelecer limites e desengajamento emocional."
3. Quiet Quitting: Autocuidado ou Desistência?
Quando é Saudável:
Funciona como mecanismo de proteção contra burnout.
Ajuda a priorizar atividades restauradoras (ex: hobbies, tempo com família).
Promove uma reflexão sobre valores pessoais vs. expectativas corporativas.
Quando é um Sinal de Alerta:
Se motivado por sentimentos de impotência ou frustração crônica.
Se acompanhado de sintomas como insônia, irritabilidade ou apatia.
Se houver isolamento social ou perda de propósito.
4. Como Equilibrar Produtividade e Bem-Estar: 5 Dicas da Psicovivendo
Comunique Seus Limites Claramente: Use frases como "Meu horário termina às 18h; podemos discutir isso amanhã?".
Pratique o Time Blocking: Reserve blocos de tempo para trabalho, exercícios e lazer.
Reavalie Suas Metas: Pergunte-se: "Isso me traz realização ou apenas estresse?".
Busque Apoio Profissional: Terapia pode ajudar a identificar padrões de autossabotagem ou medo de fracasso.
Promova uma Cultura de Saúde Mental no Trabalho: Compartilhe recursos como palestras sobre burnout ou programas de mindfulness.
5. Quando Procurar Ajuda? Sinais de que o Quiet Quitting Pode Esconder Algo Mais
Sintomas Físicos: Dores de cabeça frequentes, fadiga extrema.
Emocionais: Sentimento de vazio, perda de interesse em atividades antes prazerosas.
Comportamentais: Isolamento, procrastinação excessiva.
Na Psicovivendo, oferecemos terapia cognitivo-comportamental (TCC) e grupos de apoio para ajudar a reconstruir uma relação saudável com o trabalho.
FAQ: Perguntas Frequentes Sobre Quiet Quitting
1. Quiet quitting é preguiça? Não! É sobre trabalhar com propósito, não sobre evitar responsabilidades.
2. Como falar com meu chefe sem parecer desleal? Use a abordagem win-win: "Para manter minha produtividade, preciso focar nas minhas tarefas principais. Podemos revisar minhas prioridades?"
3. Quiet quitting pode prejudicar minha carreira? Depende do contexto. Equilíbrio é chave: estabelecer limites não significa baixo desempenho.
Conclusão: O Futuro do Trabalho e a Saúde Mental
O quiet quitting não é uma moda passageira, mas um sintoma de uma sociedade que precisa repensar o valor do descanso e da saúde emocional. Na Psicovivendo, acreditamos que cuidar da mente é tão vital quanto cuidar do corpo. Se você se identifica com esse movimento, mas sente que a ansiedade ou o desânimo persistem, agende uma consulta. Juntos, podemos encontrar um caminho que una produtividade e paz interior.
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